Ela saiu e pegou um pinguim vivo para mim. Veio e começou a dar o pinguim para eu comer. Ela soltava esses pinguins vivos, o pinguim disparava para longe, e ela olhava aborrecida enquanto passava por mim. Fez isso várias e várias vezes.
E aí acho que ela deduziu que eu era um predador inútil em seu oceano que provavelmente estava para morrer de fome. E acho que ela ficou bem apavorada, e começou a me trazer pinguins fracos; depois, pinguins mortos; e aí, me mostrou como comer os pinguins – ela me oferecia pinguins parcialmente consumidos. Começou a pegar os pinguins e empurrá-los à minha câmera – acho que pensou que a câmera era a minha boca, o que é o sonho de todo fotógrafo. Isso ocorreu por quatro dias.
Então eu fui à Antártica para fotografar esse animal potencialmente malvado, e no final vi esse predador, esse grande predador da Antártica, cuidar de mim, me nutrir, me alimentar por quatro dias seguidos. Foi a experiência mais incrível que eu já tive como fotógrafo da National Geographic".
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