segunda-feira, 21 de maio de 2012

Sistema de grupo sanguíneo chamado Diego

O sistema de grupos sangüíneos Diego, devido à sua raridade, era considerado um fator privado familiar. Investigações posteriores, de estudos familiares na Venezuela e em índios do continente americano e mongóis na Ásia, evidenciaram a sua existência. Neste relato apresentamos o desenvolvimento do conhecimento e da sua história. (JUNQUEIRA, 2002)

"O mais conhecido dos grupos sanguíneos é o sistema A B O. Existem outros sistemas que não são conhecidos que também são importantes na hora de transfusão. Tem um sistema de grupo sanguíneo chamado Diego. Tem o A e o B. Cada um pode ser positivo ou negativo. Ele [o índio] tem o Diego negativo, que é muito raro na população em geral, é mais comum em índios e asiáticos. Essa é a dificuldade. No sistema A B O, ele [o índio] é O positivo. Além de ser O positivo ele tem o sistema Diego negativo", afirma o hematologista Marinho Marques, diretor de hemoterapia da Fundação de Hematologia e Hemoterapia da Bahia (Hemoba). Índio com Sangue Raro - G1



Outros sistemas antigênicos


  • O sistema MNS foi descoberto por Landsteiner e Levine (1920 - antígenos M e N), complemantado por Walsh e Montgomery (1967). Este sistema apresenta os antígenos: M,N e S, s. Os anticorpos são imunes (apesenta como curiosidade a possibilidade de desenvlvimento de anticorpos anti-N pela exposição a antígeno semelhante presentes na planta Vicia graminea). São antígenos de natureza glicoprotéica, determinados pelos pares de alelos M,N e S,s, e apresentando algumas variantes.
  • O primeiro antígeno do sistema P foi descoberto por Landsteiner e Levine (1927). Este sistema é composto por 7 tipos principais, reconhecidos através de quatro anti-soros. Seus antígenos estão associados ao aborto habitual e à pielonefrite por Eschericha coli.
  • O Sistema Lutheran (Callender et al, 1945; Callender e Race, 1946) foi descoberto quando um paciente politransfundido desenvolveu anticorpos após a exposição ao sangue de um doador cujo nome era Lutheran. Apresenta 18 antígenos conhecidos, determinados por séries de alelos ligados e inibido por um gene dominante.
  • O Sistema Kell foi descoberto em 1946, após uma mulher (Sra. Kell) ter dado à luz uma criança com DHRN. O anti-K é na maioria das vezes imune, mas pode ocorrer de forma natural. O anti-k (Levine et al, 1949), também descoberto em um caso de DHRN, é um antígeno imune. Foram descritos posteriormente diversos antígenos de menor frequência. O sistema associa-se ao sitema Kx --- o qual apresenta apenas um antígeno, o Kx. A gligoproteína que contém os antígenos Kell se liga ao antígeno Kx por meio de pontes dissulfídricas.
  • O sistema Duffy (Cutbush et al, 1950, Cutbush e Mollison, 1950) deve seu nome ao Sr Duffy, um hemofílico politransfundido que apresentou anticorpos contra um de seus antígenos. São descritos quatro fenótipos mais importantes, de pouco poder imunogênico.
  • O primeiro antígeno do sistema Kidd (Allen et al, 1951) foi encontrado na Sra. Kidd, após dar à luz uma criança com DHRN. Palut et al (1953) encontraram, em uma mulher que apresentou reação de incompatibilidade sanguínea, um segundo antígeno. Foram descritos quatro fenótipos principais, correspondentes a sete composições genotípicas.
  • O sistema Diego (Layrisse et al, 1955) foi descoberto pelo estudo de uma família venezuelana com ascendência indígena (a família Diego). Apresenta um antígeno polimórfico em pessoas de origem mongólica e de alta frequência em índios. Foram descritas mais de dez mutações, todas raras. A sua função está ligada ao transporte de Ânions de bicarbonato em troca de cloreto através da membrana eritrocitária, revertendo o acúmulo de bicarbonato nas hemácias e facilitando seu transporte.
  • O sistema Yt, tmbém chamado de Cartwright, foi descoberto por Eaton et al (1956). Os estudos indicam a existência de três fenótipos reconhecíveis, explicados por um par de alelos autossômicos. São uma expressão antigênica da enzima Acetilcolinesterase, importante na condução de impulsos nervosos.
  • O anticorpo anti-I, do sistema Ii, está ligado à formação de um auto-anticorpo em anemias hemolíticas por anticorpos frios. Pode ser encontrado também como um anticorpo natural nos adultos com fenótipo i. Estes antígenos não são o produto de um par de alelos, e alguns autores não os consideram componentes de um sistema eritrocitário. O antígeno i é representado pela molécula linear de poli-N-acetil-latosaminoglicana a qual no adulto se transforma na molécula ramificada (que é o antígeno I), sob a ação de uma enzima. Na ausência da forma ativa desta enzima, por mutação, não haverá a transformação.
  • O sistema Xg (Mann et al, 1962) tem seu gene determinante localizado no cromossoma X e por conseguinte a frequência de seus antígenos difere os dois sexos. Os casos de imunização são bastante raros.





Referências Bibliográficas

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