segunda-feira, 6 de maio de 2013

Momento de tristeza para a comunidade científica: extinção animal.


A pessoa que faz biologia geralmente é do tipo de pessoa que acredita que todos e todas as espécies devem conviver em harmonia, que é preciso respeito mútuo.
Hoje uma notícia muito triste (mais uma delas!) me chocou. Um dos animais mais incríveis do mundo, o rinoceronte-negro do oeste foi declarada EXTINTA.
É muito estranho. Um dia terei filhos e mostrarei uma espécie que só existiu "na minha época". Ou seja, de hoje em diante, nunca mais veremos esses belos animais vivos.
Esse rinoceronte vivia na África e deve ter sofrido com a caça e o abate indiscriminado, negligenciado por muitos governantes, desrespeitado enquanto criatura incomparável de uma trama muito maior chamada biosfera. E a partir de agora não mais os veremos.

Foram caçados por seus chifres que valiam no mercado negro aproximadamente 1.000,00 dólares cada. Esse era o preço da vida desses animais. E que se dane o respeito a algo maior, que se dane o respeito a vida. Por esse preço, mesmo estando muito ameaçado nos últimos anos, continuavam a matar cerca de dois rinocerontes por dia. Só em 2012 mais de 300 foram mortos.


 A maioria dos rinocerontes são baleados e deixados para morrer em agonia, enquanto os caçadores decolam com seus 6-7 quilos de chifres. Os lucros deste comércio ilegal e atroz são elevados. Um único chifre pode ser vendido para os intermediários por até 65.000 dólares por quilo. Eventualmente, os chifres são moídos e acabam nos mercados chineses e vietnamitas, onde são vendidos por grama, criando um lucro estimado para a máfia da região de $1.000.000 dólares por chifre.(1)

O ser humano realmente me envergonha. De todas as espécies, os "humanos" são os únicos que matam por prazer, por motivos fúteis, por "esporte" e para alimentar sua gula.

Qual será o futuro dos meus filhos e netos?
Qual o planeta nossa espécie está deixando para as próximas gerações?
Quantos outros animais serão extintos pela ganância e pseudo cultura de alguns?

Segue a ficha taxonômica: (3)


Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Infraclasse: Placentalia
Ordem: Perissodactyla
Família: Rhinocerotidae
Gênero: Diceros
Espécie: D. bicornis (Linnaeus, 1758)


Leia mais em:
1: Força O.R.C.A protege rinocerontes em perigo na África do Sul 
2: Rinoceronte-negro-do-oeste é declarado oficialmente extinto
3: Wikipedia: Rinoceronte Negro

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Heterocromia e o início de minha paixão pela genética.

Heterocromia  é uma anomalia genética no qual o indivíduo apresenta um olho de cada cor. Acontece em animais de várias espécies inclusive no ser humano.
Em gatos o gene afetado é o EYCL3 no cromossomo 15 que dá a coloração aos olhos. A coloração dos olhos é baseada na quantidade de melanina presente. Quanto mais melanina, mais a cor do olho se aproxima do marrom. Quanto menos melanina, mais clara será a coloração do olho, chegando de olhos claros até olhos azul.
O gene EYCL1 indica a quantidade de pigmentos de gordura e será responsável pela coloração das nuances dos olhos indo do azul ao verde. 1

Omar et. al, 2007 (2), definem a Síndrome de Waardenburg também está associada a heterocromia e é caracterizada pela perda de audição, mudanças na coloração de cabelo, pele e olhos (ligada a manifestação da proteína melanina). Afeta 1 em cada 42.000 nascidos vivos. É responsável por 3% dos casos de surdez congênita (genética, quando se nasce assim).  (Observar figuras 1, 2 e 4)
 O modo de herança é autossômico dominante, com baixa penetrância, expressividade variável e acentuada heterogeneidade genética.As alterações pigmentares originam-se da migração defeituosa dos melanoblastos da crista neural até a pele do embrião. São reconhecidas, até o presente, mutações em seis genes diferentes, todos necessários ao desenvolvimento normal dos melanócitos.
 



A heterocromia é rara em humanos mas comum comum em animais domésticos como cães e gatos.

Imagem 4


Imagem 5

Imagem 6

Imagem 7

Pessoalmente acho a heterocromia um fenômeno genético incrível, desde que esteja ligado a nenhum processo que traga malefício à saúde.

Tenho uma ex aluna que achava incrível a heterocromia e dedico esse post  a ela: Letícia!!

Referências bibliográficas:

1: Wikipédia: Heterocromia
2: OmarErick Dancuart ; de Oliveira, Zilda Najjar Prado;  Machado-RivittiMaria Cecília, Você conhece   esta síndrome? (Do you know this syndrome?) An. Bras. Dermatol. vol.82 no.2 Rio de Janeiro Mar./Apr. 2007. Disponível em: Scielo.

Referências de Imagens
1, 2 e 3: OmarErick Dancuart ; de Oliveira, Zilda Najjar Prado;  Machado-RivittiMaria Cecília, Você conhece   esta síndrome? (Do you know this syndrome?) An. Bras. Dermatol. vol.82 no.2 Rio de Janeiro Mar./Apr. 2007. Disponível em: Scielo.

4: Tumbler tagged heterocromia
6, 7 e 8: Olhos de cores diferentes

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