quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Beija-flor


Nunca dei muita importância aos pássaros até que no ano retrasado tive um aluno novinho que era louco por aves e já (tão cedo) falava que iria ser biólogo e estudar pássaros. Lembro que quando eu disse que quem estuda pássaros chama-se ornitólogo ele arregalou os olhos e disse: - Isso, eu vou ser ornitólogo!
Era uma pessoinha, bem resolvida  e que gostava muito de ciências. Percebi que é preciso dar atenção a alunos assim. Um professor que não dê atenção nesses casos pode desestimular um futuro profissional brilhante.
Um dia fiz um curso e ganhei um guia de aves aqui da região onde eu moro. Corri para o professor do curso  e disse que tinha um aluno que queria ser  ornitólogo. Na mesma hora ele entendeu e me deu um guia extra para dar ao meu aluno. Na semana seguinte entreguei ao pequenino e vi aqueles olhos brilharem. É isso gente. Coisas simples que fazem a profissão valer a pena.

Então Caio, esse post é para você!

Beija-flor!!!!

Lindos, pequenos, rápidos, multicoloridos,... Tantos adjetivos para essa bela ave. Rodando pela internet achei várias fotos incríveis sobre beija-flores.

O beija-flor, colibri ou cuitelo é uma ave da ordem Apodiformes, que inclui apenas a família Trochilidae e seus 108 gêneros. Existem 322 espécies conhecidas. No Brasil, alguns gêneros recebem outros nomes, como os rabos-brancos do gênero Phaethornis ou os bicos-retos do gênero Heliomaster. No antigo sistema classificativo, a família Trochilidae integrava a ordem Apodiformes, juntamente com os andorinhões. Entre as características distintivas do grupo, contam-se o bico alongado, a alimentação à base de néctar, 8 pares de costelas, 14 a 15 vértebras cervicais, plumagem iridescente e uma língua extensível e bifurcada.
O grupo é originário das Américas e ocorre desde o Alasca à Terra do Fogo. A maioria das espécies é tropical e subtropical e vive entre as latitudes 10ºN e 25ºS. A maior biodiversidade do grupo encontra-se no Brasil e no Equador, que contam com cerca de metade das espécies conhecidas de beija-flor. Os troquilídeos estão ausentes do Velho Mundo, onde o seu nicho ecológico é preenchido pela família Nectariniidae (Passeriformes).

Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Apodiformes
  • Características físicas
Os beija-flores são aves de pequeno porte, que medem em média 6 a 12 cm de comprimento e pesam 2 a 6 gramas. O bico é normalmente longo, mas o formato preciso varia bastante com a espécie e está adaptado ao formato da flor que constitui a base da alimentação de cada tipo de beija-flor. Uma característica comum é a língua bifurcada e extensível, usada para extrair o néctar das flores.
O esqueleto e constituição muscular dos beija-flores estão adaptados de forma a permitir um vôo rápido e extremamente ágil. São as únicas aves capazes de voar em marcha-ré e de permanecer imóveis no ar. O batimento das asas é muito rápido e as espécies menores podem bater as asas 70 a 80 vezes por segundo. Em contraste, as patas dos beija-flores são pequenas demais para a ave caminhar sobre o solo. As fêmeas são em geral maiores que os machos, mas apresentam coloração menos intensa.Vivem em média 12 anos e seu tempo de incubação é de 13 a 15 dias.
  • Comportamento
Tal como a maioria das aves, o sentido do olfato não está muito desenvolvido nos beija-flores; a visão, no entanto, é muito apurada. Além de poderem identificar cores, os beija-flores são dos poucos vertebrados capazes de detectar cores no espectro ultravioleta.

A alimentação dos beija-flores é baseada em néctar (cerca de 90%) e artrópodes, em particular moscas, aranhas e formigas. Os beija-flores são poligâmicos.

Polinização: Entre os animais que visitam flores em busca de alimento, os beija-flores são os mais conhecidos, pelos tons metálicos da sua plumagem e a capacidade de visitar flores pairando no ar. Os beija-flores precisam de grandes quantidades de néctar diariamente, para suprir a energia necessária ao seu esvoaçar contínuo. O néctar das flores visitadas por beija-flores é um alimento altamente energético, contendo cerca de 20% de açúcares, sendo que a quantidade de néctar disponível varia com o tamanho e tipo de flor.

As flores visitadas por beija-flores em geral são tubulosas e e apresentam cores vivas, com tonalidades que variam do vermelho ao alaranjado. Esse conjunto de cores e formas permite prever que o polinizador de uma determinada flor seja um beija-flor. As flores da sálvia e do cipó-de-são-joão representam bem os tipos visitados por beija-flores. Entretanto, algumas flores polinizadas por essas aves podem ser azuis ou brancas, como as de certos caraguatás. Nesse caso, as brácteas ou alguma outra parte da planta apresentam cor avermelhada, que atrai a atenção dos beija-flores.
  • Alguns beija-flores também buscam néctar em flores que são polinizadas por outros tipos de animais, como abelhas, borboletas ou morcegos. Quando isso ocorre, nem sempre há um ajuste entre o tamanho e o tipo de flor e o tamanho do bico do beija-flor. Quando a flor é grande demais, pode ocorrer a 'pilhagem de néctar'. Nesse tipo de visita, o beija-flor retira o néctar sem tocar nas partes reprodutivas da planta e, portanto, não realiza a polinização. Beija-flores pequenos, como o besourinho-de-bico-vermelho são pilhadores habituais.
  • Ao visitar as flores em busca de néctar, os beija-flores podem adotar dois modos distintos: estabelecem territórios ou percorrem rotas alimentares. Os dois modos resultam em diferenças na polinização. Quando estabelece território, o beija-flor transporta pólen entre as flores da mesma planta ou de plantas próximas entre si. Já a territorialidade, portanto, resulta em menor número de plantas na polinização. Na ronda alimentar, por outro lado, o beija-flor transporta pólen entre as flores de um maior número de indivíduos, distantes entre si, possibilitando assim maior variabilidade genética.
  • Alimentação artificial
Aproveitando a grande necessidade que os beija-flores têm de um alimento energético de rápida utilização, como o néctar, que contém carboidratos em concentração variável em torno de 15 a 25%, é possível atraí-los para fontes artificiais de soluções açucaradas, os chamados "bebedouros" para beija-flores. Trata-se de recipientes com corolas artificiais onde é colocada uma solução açucarada cuja concentração recomendada é de 20%. Uma crença, que tudo indica foi iniciada a partir de uma publicação de autoria do naturalista Augusto Ruschi, diz que o uso desses bebedouros pode ocasionar doenças nessas aves, podendo até matá-las. Porém não há, na literatura ornitológica, nenhum trabalho científico comprovando isto. Essa crença tornou-se extremamente difundida na população. A doença à qual Ruschi se referiu seria a candidíase, infecção oportunista causada pelo fungo Candida albicans, que acometeria a boca dos beija-flores. É possível que esse autor tenha de fato observado essa doença em seus beija-flores, mantidos em viveiros, pelo fato de se encontrarem imunodeprimidos pelas próprias condições do cativeiro. De qualquer forma, é aconselhável que todos que forem se utilizar desse artifício para atração de beija-flores para seus jardins, sacadas, etc., procedam à limpeza diária dos bebedouros e à troca da solução açucarada, preparada sempre com açúcar comum, evitando utilizar mel, açúcar mascavo e outros preparados com maior facilidade de fermentação.
Havendo a disponibilidade do alimento artificial, normalmente os beija-flores o procuram complementando, com louvor, seu provimento energético. Esse alimento fornecido auxilia os beija-flores, porém alguns cuidados são necessários.
Em áreas com desequílibrio da vegetação natural ou mesmo em certos períodos do ano, quando há maior escassez de alimento, os beija-flores tendem a se especializar nos bebedouros. A hipótese é que essa fase de especialização pode provocar um desequílibrio no organismo do animal, debilitando o seu sistema imunológico. Foi observado, principalmente nestes períodos de escassez, um aumento de doenças nestes pássaros, especialmente aquelas provocadas por fungos. Isso provavelmente pode ter origem na carência de alguns nutrientes que normalmente seriam encontrados em fontes naturais de alimento, como o néctar e artrópodes. Com a adição de sal na dieta líquida, percebeu-se um aumento na resistência às doenças, tornando-se incomum ver pássaros enfermos. Desta forma, além da troca diária da calda açucarada, é aconselhável acrescentar também uma pequena pitada de sal (NaCl). Na dosagem, o exagero de sal prejudica os pássaros, assim o ideal seria imitar a concentração do soro fisiológico.
Com relação à limpeza dos bebedouros, outrossim é importante mantê-los longe de insetos como formigas, vespas, baratas, etc. Tais insetos, além de competir pelo alimento com os pássaros, carregam parasitas, especialmente fungos que infectam os bebedouros. Um sinal vísivel, da infestação por fungos, é o pronto escurecimento do bocal e até pétalas das flores artificiais, logo após a visita dos insetos. Sendo assim é recomendável utilizar modelos de bebedouros que tenham algum dispositivo limitador de formigas, etc. Quando se notar o escurecimento das flores de plásticos, estas devem imediatamente ser esterilizadas com cloro (destinado a purificar alimentos, jamais usar produtos comuns de limpeza) e bem enxaguadas antes de serem reutilizadas.



  • Referências culturais


Foto aérea da imagem de beija-flor estilizado nas linhas de Nazca no Peru
Os beija-flores estão representados:
No brasão de armas e na moeda de 1 cêntimo de Trinidade e Tobago.
Nas linhas de Nazca.
Na cédula de R$ 1,00.
No símbolo da Prefeitura Municipal de Betim, Minas Gerais.
Na música Cuitelinho, do folclore de Minas Gerais.
Na música brasileira Ai que Saudade D'ocê.





Ai Que Saudade D'Ocê (Geraldo Azevedo)


Não se admire se um dia
Um beija-flor invadir
A porta da tua casa
Te der um beijo e partir
Fui eu que mandei o beijo
Que é pra matar meu desejo
Faz tempo que eu não te vejo
Ai que saudade de ocê
Se um dia ocê se lembrar
Escreva uma carta pra mim
Bote logo no correio
Com frases dizendo assim
Faz tempo que eu não te vejo
Quero matar meu desejo
Te mando um monte de beijo
Ai que saudade sem fim
E se quiser recordar
Aquele nosso namoro
Quando eu ia viajar
Você caía no choro
Eu chorando pela estrada
Mas o que eu posso fazer
Trabalhar é minha sina
Eu gosto mesmo é de ocê




Referência Bibliográfica http://pt.wikipedia.org/wiki/Beija-flor

domingo, 8 de janeiro de 2012

A maior das aves de rapina: Harpia harpyja

Lembro da primeira vez que vi uma  Harpia sp. : incrivelmente bela, magnífica, com status de poderosa das poderosas e realmente muito grande. Inicialmente tive medo, talvez pela sua grandeza e também por instinto. Depois me perdi ao admirá-la. Eram 3 aves, 1 casal e mais uma fêmea um pouco separada. Vi seu vôo e naquele momento se houvesse como coroar e reverenciar um animal incrível, eu com certeza teria feito.
Fiquei perdida em meus pensamentos por quase uma hora. Parecia que eram apenas eu e elas.
Pensava em como, nos dias de hoje, uma ave de tal grandeza pode viver livre e protegida em seu hábitat. Na verdade não pode.
A Harpia sp. é uma ave ameaçada de extinção. Culpa do ser humano e de sua mania de grandeza somada ao capitalismo apoiado pela cultura consumismo.  A falta de respeito da nossa legislação também  deixa as questões ambientais a parte das políticas públicas.
É o ser humano, que se acha onipotente e topo de cadeia alimentar.

Imagem 1


Entre os animais que eu tenho loucura, está a bela ave. E com certeza, quando eu tiver coragem de fazer as tatuagens que eu quero, esta magnífica terá lugar de destaque.


Seguem abaixo alguns dados mais a classificação taxonômica da AVE DAS AVES.

Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Accipitriformes / Falconiformes
Família: Accipitridae
Gênero: Harpia
Espécie: H. harpyja (sistema binomial) Harpia harpyja (Lineu, 1758)

Imagem 2
  • Nomes vulgares: gavião-real ou uiraçu-verdadeiro - em oposição ao uiraçu-falso (Morphnus guianensis), outra espécie de ave de rapina menor e de aparência muito semelhante.
  • Envergadura de 2,5 metros e peso de até 10 quilogramas.
  • Ambos os sexos têm uma crista de penas largas que levantam quando ouvem algum ruído. Como as corujas, elas têm um disco facial de penas menores que pode focar ondas sonoras para melhorar suas capacidades auditivas.
  • Características físicas: olhos pequenos, um longo topete, a crista com duas penas maiores e uma cauda com três faixas cinzentas, que pode medir até 2/3 do comprimento da asa. Esta ave da família Accipitridae possui asas largas e redondas, pernas curtas e grossas, e dedos extremamente fortes, com enormes garras, capazes até de levantar um carneiro do chão. Sua cabeça é cinza, o papo e a nuca, negros, e o peito, a barriga e a parte de dentro das asas, brancos. Tem entre 50 a 90 centímetros de altura, uma envergadura de até 2,5 metros e um peso variando entre 4 e 5,5 quilogramas quando macho e entre 6 e 9 quilogramas quando fêmea.
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  • Alimentação: predadores tremendamente eficazes, com garras mais compridas do que as de um urso-cinzento. É uma águia adaptada ao voo acrobático em ambientes florestais de espaços fechados.
Elas se aproximam morfologicamente (não se sabe se filogeneticamente) de várias outras aves de rapina tropicais de grande tamanho adaptadas à caça de grandes animais arborícolas como macacos, preguiças, lêmures, etc., tais como a águia-coroada africana, a águia-das-filipinas e a águia-da-nova-guiné. Todas essas são chamadas de águias-pega-macaco em suas localidades de origem devido ao grande porte, que coloca animais maiores, como macacos, em seu cardápio.
  • Hábitat: florestas tropicais e a espécie se dispersa geograficamente do México à Bolívia, na Argentina e em grande parte do Brasil, notadamente no Amazonas, vivendo em árvores altas, dentro de vasta mata, onde constrói seus ninhos. Habitava as matas brasileiras de forma abrangente. Hoje pode ser encontrado na Amazônia e visto raramente na Mata Atlântica. Na região amazônica da Guiana, onde foi bem estudado, verificou-se que é um predador sobretudo de mamíferos.
  • Hábitos: rápida e possante em suas investidas,tão forte fisicamente que consegue erguer um carneiro sem maiores dificuldades.
    • Voa alternando rápidas batidas de asa com planeio. Tem um assobio longo e estridente e, nas horas quentes do dia, costuma voar em círculos sobre florestas e campos próximos.
    • As  H. harpyja conservam energia se empoleirando silenciosamente, vendo e ouvindo por longos períodos de tempo. Elas caçam com curtas e rápidas investidas. As fêmeas, maiores, caçam presas mais pesadas do que os menores, mais ágeis e rápidos machos. Estas técnicas complementares podem aumentar as chances de sucesso na obtenção de comida. Grandes presas, como preguiças e macacos, costumam ser consumidas parcialmente até poderem ser transportadas para o ninho.
  • Alimentação: composta de animais de porte médio, como aves, macacos, preguiças até macacos maiores como os bugio.
    • Elas caçam pelo menos dezenove espécies de animais, dezesseis destas são arborícolas.Em cativeiro são alimentadas com carne, pequenos animais como ratos, etc.
Imagem 4
  • Reprodução: assim como as águias em geral, são monogâmicas, unindo-se por toda a vida.
    • Ninhos em árvores muito altas, com galhos bem separados, de até 40 metros de altura.
    • O casal dá uma cria a cada dois ou três anos. O período reprodutivo vai de junho a novembro e o período de incubação é de 2 meses.
    • As fêmeas depositam um ovo ou dois, mas, caso ambos os ovos sejam incubados com sucesso, em condições naturais somente o primogênito sobrevive, já que o filhote maior invariavelmente matará o menor (este "cainismo" é comum a várias espécies de águia, e permite estratégias de conservação baseadas na remoção do filhote menor do ninho para criação artificial).
    • O filhote testa suas asas com seis meses. No entanto, fica sob os cuidados dos pais, sendo alimentado, por outros seis a dez meses, mantendo, assim, uma longa dependência.
    • A maturidade sexual é atingida aos quatro ou cinco anos e o indivíduo pode retornar ao mesmo ninho em que nasceu.
Imagem 3
  • Perigos à sua sobrevivência: destruição de seu habitat (necessita de grandes áreas para viver). Atualmente, a  H. harpyja encontra-se praticamente restrita à floresta amazônica.
    • É ameaçada pela caça predatória por ser considerada perigosa para as criações de animais domésticos.
    • De acordo com a ONG estadunidense Peregrine Fund, que se dedica à proteção internacional de aves de rapina diurnas, a  H. harpyja é uma espécie "dependente de conservação", na medida em que o declínio da espécie em toda a sua área de ocorrência, produzido principalmente pelo desmatamento, exige políticas ativas de conservação e/ou reprodução em cativeiro, que impeçam que a ave se torne uma espécie imediatamente ameaçada de extinção. O Peregrine Fund realizou, aliás, algumas experiências bem sucedidas de criação em cativeiro e libertação de  H. harpyja em uma reserva florestal no Panamá.
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  • Curiosidades:
    • Por causa do tamanho e ferocidade do animal, os primeiros exploradores na América Central nomearam estas águias em função das monstruosas meio-mulheres/meio-águias da mitologia grega clássica.
    • H. harpyja é o pássaro nacional e está desenhada no brasão do Panamá.
    • Está desenhada no brasão de armas do Estado do Paraná.
    • É o símbolo e estampa o escudo da tropa de elite da Polícia Federal do Brasil, o Comando de Operações Táticas.
    • Faz parte do simbolo do 4º Batalhão de Aviação do Exército Brasileiro, e também denomina um esquadrão da Força Aérea Brasileira, o 7º/8º Esquadrão Hárpia.
    • É o designativo das aeronaves do Núcleo de Operações e Transporte Aéreo da Polícia Militar do Espírito Santo.
    • É o animal que artistas desenharam para criar 'Fawkes a fênix' para o filme Harry Potter e a Câmara Secreta.
    • É capaz de exercer uma pressão de 42 kgf/cm² (4,1 MPa ou 530 lbf/in²) com suas garras. Ela pode erguer mais de 3/4 de seu peso.
    • Garras são tão fortes que são capazes de esmigalhar um crânio humano.
    • É a águia mais pesada da atualidade e a águia-das-filipinas é a única águia viva que se compara a ela em tamanho. Entretanto, a extinta águia-de-haast da Nova Zelândia era aproximadamente 50% maior do que ela.
    • Dá nome ao projeto de inteligência artificial mantido pelo SERPRO.
    • Em 15 de janeiro de 2009 nasceu um filhote de harpia no Refúgio Biológico de Itaipu. Com 100 gramas de massa, é o primeiro filhote a nascer com sucesso em cativeiro no sul do Brasil.[3]
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Harpias e a mitologia

As harpias (em grego, ἅρπυιαι) são criaturas da mitologia grega, frequentemente representadas como aves de rapina com rosto de mulher e seios [6]. Na história de Jasão, as harpias foram enviadas para punir o cego rei trácio Fineu, roubando-lhe a comida em todas as refeições [7]. Os argonautas Zetes e Calais, filhos de Bóreas e Orítia, libertaram Fineu das hárpias, que, em agradecimento, mostrou a Jasão e os argonautas o caminho para passar pelas Simplégades [7]. Enéias e seus companheiros, depois da queda de Tróia, na viagem em direção à Itália, pararam na ilha das Harpias; mataram animais dos rebanhos delas, as atacaram quando elas roubaram as carnes, e ouviram de uma das Harpias terríveis profecias a respeito do restante de sua viagem. [8]
Segundo Hesíodo, as harpias eram irmãs de Íris, filhas de Taumante e a oceânide Electra, e seus nomes eram Aelo (a borrasca) e Ocípete (a rápida no vôo) [9]. Higino lista os filhos de Taumante e Electra como Íris e as hárpias, Celeno, Ocípete e Aelo [10], mas, logo depois, dá as hárpias como filhas de Taumante e Oxomene [6]

Referências bibliográficas
  1.  Raptors (em Inglês). IOC World Bird List. Página visitada em 13 de Outubro de 2010.
  2.  Harpia harpyja ITIS, the Integrated Taxonomic Information System].
  3.  "Ave rara no Brasil nasce no Refúgio Biológico de Itaipu". . (página da notícia visitada em 21/01/2009)
  4. http://pt.wikipedia.org/wiki/Harpia
  5. http://pt.wikipedia.org/wiki/Harpia_(mitologia)
  6. ↑ a b HiginoFabulae, XIV, Argonautas reunidos
  7. ↑ a b HiginoFabulae, XIX, Fineu
  8.  [ Bulfinch, Thomas , O Livro de Ouro da Mitologia: Histórias de Deuses e HeróisEdiouro
  9.  HesíodoTeogonia, 265-269
  10.  HiginoFabulaePrefácio

Imagens
  1. sagrado-feminino.blogspot.com
  2. aamazoniaenossa.blogspot.com
  3. bocadaonca.com
  4. andersonanimals.blogspot.com
  5. nitroimagens.com.br
  6. avesnicaragua.org
  7. osihvas.lapunk.hu

Palavras-chave: 
  • Harpia harpyja, rapina, fauna brasileira, ameaçados de extinção, Animalia, Chordata, Aves, Accipitriformes, Falconiformes, Accipitridae, biologia.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Buda e a Flor de Lótus


O segredo da saúde mental e corporal está em não se lamentar pelo passado,  não se preocupar com o futuro, nem se adiantar aos problemas, mas, viver sabia e seriamente o presente.
(Buda)
Entre minhas flores preferidas está a Flor de Lótus. Pela sua história, seu misticismo e sua simbologia. Todas as flores pertencentes ao gênero Nymphaea são incrivelmente belas: Abaixo a classificação taxonômica e um pouco da história sobre o mito entre Buda e a Flor de Lótus.



Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Nymphaeales
Família: Nymphaeaceae
Gênero: Nymphaea

Espécies
  • Nymphaea alba L.
  • Nymphaea amazonum Mart. et Zucc.
  • Nymphaea ampla (Salisb.) DC.
  • Nymphaea blanda G.F.W. Meyer
  • Nymphaea caerulea Savigny
  • Nymphaea capensis Thunb.
  • Nymphaea conardii Wiersema
  • Nymphaea ×daubenyana W.T. Baxter ex Daubeny
  • Nymphaea elegans Hook.
  • Nymphaea glandulifera Rodschied
  • Nymphaea jamesoniana Planch.
  • Nymphaea leibergii Morong
  • Nymphaea lotus L.
  • Nymphaea mexicana Zucc.
  • Nymphaea micrantha
  • Nymphaea odorata Ait.
  • Nymphaea rudgeana G.F.W. Mey. (Aguapé-da-meia-noite)
  • Nymphaea tetragona Georgi
  • Nymphaea ×thiona Ward
O termo "Buda" é um título, não um nome próprio. Significa "aquele que sabe", ou "aquele que despertou", e se aplica a alguém que atingiu um superior nível de entendimento e a plenitude da condição humana. Foi aplicado, e ainda o é, a várias pessoas excepcionais que atingiram um tal grau de elevação moral e espiritual que se tranformaram em mestres de sabedoria no oriente, onde se seguem os preceitos budistas. 

É difícil encontrar um país da Ásia onde a flor de lótus não seja considerado sagrada.

Na tradição budista e em muitas outras crenças orientais a imagem do lótus está ligada à elevação e expansão espiritual. A pureza e a harmonia equilibrada das pétalas da flor estão associadas à própria história de Sidartha Gautama, o Buda, que deu início ao seu caminho de iluminação ao contemplar a miséria que existia fora dos muros do palácio onde vivia.

A flor branca e delicada que emerge de águas lodosas, revelando toda a sua beleza e força, é um símbolo poderoso e transreligioso do convite a que todo ser humano possa evoluir em direção ao Mais, ao Magis para o qual foi sonhado e criado.

A FLOR DE LÓTUS e o Budismo
De acordo com o Budismo, uma flor de lótus serve como assento aos que renascem no paraíso budista. No budismo, o lótus é o símbulo de pureza e perfeição da natureza búdica, inerente com todas as pessoas. “Assim como o lótus brota de dentro da escuridão da lama para a superfície da água, florescendo somente depois que se elevou acima da água e por permanecer imaculada sem se contaminar nem com a terra nem com a água que o nutriram, da mesma forma a mente, nascida do corpo humano, desabrocha suas verdadeiras qualidades( pétalas ) depois que se elevou acima das torrentes lodosas da paixão e da ignorância, e transforma as forças obscuras das profundezas em brilhantes e puros néctar da consciência iluminada.”
( Govinha, pg.89 in Philip Kapleau: Os três pilares do Zen. Ed. Itatiaia)

Lótus é o símbolo da expansão espiritual, do sagrado, do puro.
A lenda budista nos relata que quando Siddhartha, que mais tarde se tornaria Buda, tocou o solo e fez seus primeiros sete passos, sete flores de lótus cresceram. Assim, cada passo do Bodhisattva é um ato de expansão espiritual. Os Budas em meditação são representados sentados sobre flores de lótus, e a expansão da visão espiritual na meditação ( dhyana ) esta simbolizada pelas flores de lótus completamente abertas, cujos centros e pétalas suportam imagens, atributos ou mantras de vários Budas e Bodhisattvas, de acordo com a posição relativa a relação mútua.

Do mesmo modo, os centros da consciência no corpo humano (Chacras) estão representados como flores de lótus, cujas cores correspondem ao seu caráter individual, enquanto o número de suas pétalas correspondem às suas funções.

O significado original deste simbolismo pode ser visto pela semelhança seguinte: Tal como a flor de lótus cresce da escuridão do lodo para a superfície da água, abrindo suas flores somente após ter-se erguido além da superfície, ficando imaculada de ambos, terra e água, que a nutriram – do mesmo modo a mente, nascida no corpo humano, expande suas verdadeiras qualidades (pétalas) após ter-se erguido dos fluidos turvos da paixão e da ignorância, e transforma o poder tenebroso da profundidade no puro néctar radiante da consciência iluminada (bidhicitta), a incomparável jóia (mani) na flor de lótus (padma). Assim, o arahant (santo) cresce além deste mundo e o ultrapassa. Apesar das suas raízes estarem na profundidade sombria deste mundo, sua cabeça esta erguida na totalidade da luz. Ele é a síntese viva do mais profundo e do mais elevado, da escuridão e da luz, do material e do imaterial, das limitações da individualidade e da universidade ilimitada, do formando e do som sem forma, do Samsara e do Nirvana. Se o impulso para a luz não estivesse adormecido na semente profundamente escondida na escuridão da terra, o lótus não poderia se voltar em direção a luz. Se o impulso para uma maior consciência e conhecimento não estivesse adormecido mesmo no estado da mais profunda ignorância, nem mesmo num estado de completa inconsciência um iluminado nunca poderia se erguer da escuridão do Samsara. A semente da iluminação esta sempre presente no mundo, e do mesmo modo como os Budas surgiram nos ciclos passados no mundo, também os iluminados surgem no presente ciclo e poderão surgir em futuros ciclos, enquanto houver condições adequadas para vida orgânica e consciente.
Adaptação do livro ” FUNDAMENTOS DO MISTICISMO TIBETANO ” do Lama Anagarika Govinha, Editora pensamento (1995)

O verdadeiro simbolismo da Flor de Lotus é o de demonstrar , na prática, a possibilidade de transformarmos o nosso lado negativo em algo puro e belo , diariamente, silenciosamente e com toda a tranqüilidade.
Tal como o lótus que cresce da escuridão do lodo para a superfície, abrindo as flores somente após ter-se erguido além da superfície da água. Suas flores ficam livres do lodo e da água que as nutriram.
Pura e límpida como tivesse sido gerada em uma incubadora esterilizada.

Do mesmo modo a mente expande suas verdadeiras qualidades (as pétalas) após ter-se erguido dos fluidos turvos da paixão e da ignorância. Transformando o poder tenebroso da profundidade no puro néctar radiante da Consciência Iluminada, a flor de lótus (Padma ou Pema). – do blog Ziguezague

Referências bibliográficas
http://pt.wikipedia.org/wiki/Nymphaea
http://dimensaodocorpo.blogspot.com/2009/08/buda.html
http://ziguezaguepost.blogspot.com/2008/05/o-verdadeiro-simbolismo-da-flor-de.html
https://floresdelotus13.wordpress.com/tag/flor-de-lotus-2/
http://ew-willianlira.blogspot.com/2011/01/flor-de-lotus.html
http://hospedagem.infolink.com.br/nostradamus/tantra.htm

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